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Na Cultura todo investimento é lucro
Paraty, a terra da cachaça.
Paraty é um dos mais belos e fascinantes sítios da Terra. Cidade do mar, lugar de sonhar, de criar e de amar, possui o mais harmonioso e perfeito conjunto arquitetônico colonial do País, uma esplêndida História social e econômica, uma Cultura Popular exuberante, tesouros que a sua Gente preserva e cultua com amor e orgulho. Em 1945, o seu Sítio Histórico foi considerado Monumento Estadual; em 1958, o Centro Histórico foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto Histórico e Artístico Nacional; e em 1966, o município inteiro foi convertido em Município Monumento Nacional. Atualmente, Paraty está às vésperas de ser considerado pela Unesco, Patrimônio Cultural da Humanidade. Além do precioso e único patrimônio arquitetônico-urbanístico do Centro Histórico, Paraty possui uma deslumbrante baía, um litoral belíssimo com 50 ilhas e 44 praias. Dois terços do seu território é formado de Mata Atlântica intacta, transformados em parques nacionais, áreas de proteção ambiental e reservas ecológicas. Nelas, trilhas históricas, cachoeiras, santuários marinhos, paisagens edênicas. Um rico e variado calendário de eventos culturais movimenta Paraty durante todo o ano, atraindo milhares de brasileiros e turistas de todo o mundo. Construída ao nível do mar, no início do século XVII, Paraty foi a primeira cidade planejada do Brasil. Primeira, também, a conquistar a sua emancipação política através de uma revolta popular (1660-7). E, ainda, a primeira a ter um código de posturas urbanas (1803). Porto e porta do antigo Caminho do Ouro nos séculos XVII e XVIII, acesso dos colonizadores, dos que procuravam os metais preciosos e por onde saía toda a riqueza do interior do Brasil, Paraty é o mais tradicional e célebre centro produtor de cachaça do mundo, exibindo cerca de 450 anos de cultura, arte e excelência na fabricação da melhor pinga artesanal. Na segunda metade do século XVI, Paraty já produzia cachaça e, logo depois de 1600, a palavra "paraty" já era sinônimo, em todo o mundo, não apenas de "cachaça", mas de "aguardente de cana-de-açúcar de qualidade superior", valendo, no mínimo, o dobro do preço das outras cachaças fabricadas na Colônia. A cachaça de Paraty foi moeda para comprar escravos, transacionar ouro, pedras preciosas e café, além de ser bebida requintada nas mesas das elites. Em 1777, Paraty possuía 70 engenhos de cachaça; na década de 1790, contava com 100 fábricas de aguardente; em 1846, estavam registrados junto ao fisco 64 senhores de engenhos de aguardente, a maioria deles com mais de um alambique em funcionamento; em 1863, Paraty somava 150 fábricas de destilação. Hoje, apenas seis engenhos estão em atividade em Paraty, produzindo a melhor pinga que existe. O regime e o processo artesanais de fabricação da cachaça paratyense não admite interferência de nenhum produto químico artificial, nenhuma ação que acelere ou retarde os processos naturais de transformação do caldo da cana-de-açúcar. Tudo acontece no tempo certo, no ritmo da vida. Artesanal do plantio da cana ao envelhecimento da pinga, em Paraty, o processo de produção artesanal é maximizado, é levado às últimas conseqüências. Com mais de quatro séculos de tradição continuada, a fabricação artesanal da cachaça paratyense atinge a mais radical pureza e ortodoxia, chegando às raias do sagrado. Nenhuma substância, elemento ou procedimento estranho ao universo rural e telúrico do engenho é admitido. Alquimia, mística, magia, segredos, uma delicada tecnologia artesanal é transmitida de pai para filho, de geração a geração, confirmada e aperfeiçoada pela pesquisa científica contemporânea. A Cachaça de Paraty recebeu, em 2007, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI - o Certificado de Indicação Geográfica - IG, na modalidade Indicação de Procedência - IP. Isto é, o direito exclusivo de somente as pingas fabricadas no município exibirem em seus rótulos um selo com a indicação: "Cachaça de Paraty", seguida da expressão "Indicação de Procedência". Somente as cachaças fabricadas em Paraty podem usar o nome geográfico "Paraty" em seus rótulos. O registro, o primeiro concedido pelo INPI a uma cachaça, consagrou mais de quatrocentos anos de história de uma bebida que antes de se chamar "cachaça" foi chamada de "paraty", quando já era a melhor quanto à excelência sensorial. Ainda hoje, a Cachaça de Paraty continua única, insuperável, sem similares, sendo feita artesanalmente com os mesmos fundamentos e segredos exclusivos e invioláveis que fazem dela um produto diferenciado na cor, no aroma e no sabor. Há mais de quatro séculos, a bebida denominada "paraty" gera riqueza, arte, beleza, é centro difusor e polarizador de Cultura nas suas mais diversas áreas e expressões. A Indicação de Procedência da Cachaça de Paraty a distingue de outras cachaças. Mais que uma impressão digital, é uma carteira de identidade para o produto, proclamando a sua origem, o lugar onde ela é feita. Com ela, a Cachaça de Paraty tenta se proteger das fraudes, garante e aumenta o seu valor agregado. A ela está conferido um diferencial de mercado, em função das características e da cultura própria do seu local de origem, preservando-se as suas belíssimas particularidades. A IP também incentiva novos investimentos, elevando o padrão tecnológico dos engenhos, multiplicando os empregos e favorecendo o Turismo. Paraty sempre se distinguiu pela qualidade insuperável, jamais pela quantidade, pela grande produção. E Paraty continua, com uma modesta produção de 300 mil litros anuais, a fabricar a melhor cachaça do mundo, cachaça de caráter, primorosa, quimicamente perfeita, de aroma rústico e sedutor, sabor pleno e inigualável. (Leia mais sobre a IP da Cachaça de Paraty, clicando aqui)
A Coqueiro é fabricada por Eduardo Mello, o Eduardinho, na minha opinião, o melhor alambiqueiro em atividade no País, aquele que sabe fazer a melhor cachaça. Por quê? Porque Eduardinho, além dos seus talentos, é filho da quituteira Coletta Bertino Vasconcellos Mello e do mestre alambiqueiro Antônio Mello (*1921 - †1994), neto de outro bamba do alambique, José Mello, criador de pingas célebres, marido da Dona Santa, Maria Emília Corrêa de Mello. Esta era filha do alferes e comendador Domingos Feliciano Corrêa, o legendário consolidador e modernizador, no final do século XIX, da Fazenda Boa Vista, a bicentenária Fazenda do Engenho, onde a paratiense Júlia Mann, mãe do genial Thomas Mann, viveu a primeira infância. Os ancestrais dos Mello são fazedores de pinga em Paraty desde o século XVIII. Eduardinho é o primogênito dos Mello, herdeiro e detentor das artes, de toda a sabedoria que os Mello acumulou em mais de trezentos anos de alambicadas, ciência que ama, preserva e desenvolve com responsabilidade atávica. Estudioso, disciplinado, dedicadíssimo ao belo ofício de fermentar e destilar o "espírito" da cana, de inventar divina cachaça, Eduardinho nasceu e cresceu no vetusto solar da Boa Vista, à beira-mar, pescando e caçando, correndo na casa sobradada e pelo engenho térreo, ouvindo as conversas dos destiladores, aprendendo, com o pai, os segredos e mistérios da fermentação natural e mágica da cana, o processo lento e correto, a alambicagem certa e exata, no ritmo da vida e das marés à porta do engenho, na música dos pássaros da Mata Atlântica. Atualmente, o alambiqueiro Eduardo Mello é quem melhor personaliza o modo paratyense de fazer cachaça. Nele estão sintetizados 450 anos de tradição e excelência. A marca Coqueiro foi adquirida por Eduardinho, na década de 1980, de Ormindo M. Brasil. Eduardinho não só manteve a excelência da Coqueiro, mas a elevou ainda mais, aperfeiçoando a sua química, mantendo o seu perfume e sabor inigualáveis. As Famílias Alvarenga e Corrêa, raízes alambiqueiras dos Mello, fazem Cachaça em Paraty, de geração a geração, desde o Século XVIII. Marcelo Câmara
Cada ![]() é uma obra de arte. Uma emoção, um prazer para cada momento. A Coqueiro é a "Cachaça do Brasil", uma autêntica e legítima "Paraty", uma "Cachaça de Paraty": puríssima, primorosa, perfeita. Uma sabedoria, ciência, arte, técnica com mais de quatrocentos anos. Artesanal, telúrica, atávica. Solar, tropical, sensualíssima. Cristalina, translúcida, brilhante. Cheiro de cana, de cana pisada pelo burro, remete a memória olfativa do degustador ao ambiente do engenho, à rapadura, ao melado, ao manuê de bacia, bolo caseiro feito com melado. Gosto de cana, só de cana, apenas e plenamente cana. São cinco os tipos da Coqueiro, cinco obras de arte: Tradicional, Prata, Envelhecida, Ouro Extra Premium e Azulada. A Coqueiro Tradicional (44%vol) é a Cachaça nova, branca. Autêntica Cachaça de Paraty. Apenas armazenada, "descansada", por um período breve de seis meses numa madeira quase neutra, o amendoim, a mais nobre das madeiras para a Cachaça repousar, em tonéis com capacidade superior a setecentos litros. A Tradicional – transparente e rústica - é a mais paratyense, a mais jovem dos tipos da Coqueiro. Apenas, foi, minimamente, assentadas, as suas edênicas virtudes originais de cor, aparência, aroma e sabor. A Coqueiro Prata (40%vol), para muitos, é a sublimação da Tradicional. Apenas armazenada, "descansada", por um período de dois anos no brasílico amendoim, também em tonéis com capacidade superior a setecentos litros. A Prata continua igualmente nova, branca, porém mais macia, com menor teor alcoólico e menos acidez, elemento natural da bebida, necessário, agradável, sensual. As características químicas e sensoriais da Prata foram, divinamente, ainda mais consolidadas, agradando suavemente o olfato e o paladar. A Coqueiro Envelhecida (44%vol) contem cinquenta por cento do seu conteúdo modificados quimicamente e nas suas características organolépticas de cor, aroma e sabor- após dois anos em vetustos toneis de carvalho europeu, "tropicalizados", com capacidade até 700 litros. Isto é, são recipientes adaptados às nossas condições, lavados com água e álcool, curtidos, há décadas, em hospedagens seguidas de Cachaça, toneis com capacidade de até setecentos litros. Os outros cinquenta por cento constituem cachaças novas e/ou descansadas. Desse diálogo e convivência Cachaça-carvalho resulta outra bebida, outra Cachaça, diversa, de outra cor e aroma, de leveza e maciez distintas, o sabor de outro tipo de Cachaça. Na condição de Cachaça corretamente envelhecida, nela prevalecem o aroma e gosto primevos e fundamentais da cana que constituem no mínimo oitenta por cento do complexo sensorial da Cachaça Envelhecida. E a madeira hospedeira, mesmo sendo fator modificativo da estrutura química e sensorial da Cachaça, representa, no máximo, vinte por cento do edifício sensorial, sendo percebido ao final do gole, apenas como uma marca, um tempero sutil e generoso. A Coqueiro Ouro é uma Cachaça Extra Premium (42%vol). Os assentamentos sensoriais promovidos pelo amendoim e as alterações daquele carvalho “tropicalizado” são maximizados na arte do envelhecimento pleno. Cem por cento do seu conteúdo foi envelhecido em barris de carvalho até setecentos litros, lacrados, por um período mínimo de três anos. Depois de se robustecer por vinte e quatro meses na nobreza tupinambá do amendoim, a Coqueiro Ouro Premium sacraliza-se por mais três anos no carvalho. O resultado é uma Cachaça supimpa, madura, sofisticada e elegante, delicada, tenra, digestiva, um toque adocicado, decorrente dos taninos do carvalho. Uma Cachaça destinada a ocasiões especiais. A Coqueiro Ouro Extra Premium é uma pinga de graduação mais baixa, cujas marcas são a maciez e a leveza, mínima acidez. Mas permanecem, requintados o perfume e gosto de cana, forjados na austeridade do amendoim e na personalidade do carvalho europeu domesticado no engenho paratiano. Mais do que na Envelhecida, na Coqueiro Extra Premium, a madeira consagra-se discreta e solene, também somente como um tempero e não se transforma em aroma e sabor dominantes. O aroma e o gosto da cana, do bagaço de cana, que identificam e qualificam a Cachaça, permanecem soberanos, agora tangidos pelo toque perfeito do carvalho, sentidos ao se aspirar a pinga e, ao final do gole, ao degustá-la. A natureza e a essência, a alma da Cachaça continua intacta. A cana domina sensorialmente a bebida. A Coqueiro Azulada (45%vol) é a mesma "paraty" Tradicional, com todos os seus atributos, singulares, exclusivos. Em Paraty, inventada no Oitocentos pelo bisavô do fabricante da Coqueiro, na Capital do País foi premiada no início do Século XX. No mundo, admirada e cobiçada desde sempre. A fervura da panela e os vapores do alambique receberam as folhas da tangerina, que fizeram as linhas, tons e perfis anilados, miríades do céu da Baía da Ilha Grande, percebidos quando a garrafa é colocada contra a luz natural. Na Coqueiro Azulada, um mínimo fluido cítrico é percebido no seu aroma pelo Degustador Profissional de Cachaças. A Coqueiro Tradicional, a Coqueiro Prata e a Coqueiro Azulada são Cachaças para os que amam Cachaça sem adjetivos. Aperitivos, abrideiras, estimulantes, o Povo diz que elas são ideais "p'ra abrir o apetite" ou "p'ra saudar, homenagear, celebrar, festejar". Já a Coqueiro Envelhecida e a Coqueiro Ouro Premium são Cachaças para alimentar e sustentar a reflexão, o sonho e o diálogo. Como diz o bom pingófilo: "Não é Cachaça p'ra beber. É pinga p'ra conversar". Segundo o meu saudoso amigo alambiqueiro Orlando Kemp Cavalcanti, as primeiras "são moças virgens, luminosas, ávidas, ardentes, cantantes, que correm e bailam pelos campos". Já estas últimas "são senhoras requintadas, serenas, comedidas, de gestos finos e elegantes, que falam baixo e sorriem discretamente em recintos fechados".
Peça a Coqueiro nos seus cinco tipos
Tradicional e Prata (descansadas); Envelhecida, Ouro Extra Premium e Azulada. E as suas variações compostas (licores): Gabriela, Caramelada, Banana, Abacaxi, Coco e Morango no endereço www.cachacacoqueiro.com.br/contato pelos e-mails: contato@cachacacoqueiro.com.br e emello@gmail.com ou pelos tels. 24-3371-0016 e 24-99934-3430 ![]() Foto: Bruno Lira
![]() UMA HISTÓRIA DE AMOR E SABOR
A Corisco Ouro – Armazenada (45% vol) é a “Cachaça descansada”, nova, que começou a amadurecer, e tem a cor amarelo tênue, decorrente e com a marca silvestre da madeira ao final do gole, resultado de um repouso no carvalho europeu tropicalizado, adaptado às condições brasílicas, tropicais, paratyenses. No entanto, não há envelhecimento, que é outro processo, mas apenas armazenamento, descanso, em lenho curtido, resultando pequenas alterações na cor e no sabor. A Corisco Ouro preserva o aroma sublime e o gosto singular da Cachaça de Paraty, da “Paraty amaciada” pelo carvalho tropicalizado, antigo de sucessivas hospedagens da bebida. Essa maciez se dá com o canto dos pássaros e o ritmo das cachoeiras, sob a sombra da Mata Atlântica, das igrejas e casarões da Cidade colonial, da bela e colorida Cidade do Mar e do Amor. Trata-se de uma Cachaça amenizada no teor alcoólico, na natural e excitante acidez, mantendo o aroma do engenho, do bagaço da cana moída, e o gosto único da Cachaça de Paraty: forte, autêntica, consistente, sensual, verdadeira. Como a Corisco Prata, a Corisco Ouro é uma Cachaça com a mais alta qualidade e equilíbrio químico, e magnífico, insuperável status sensorial.. Marcelo Câmara
![]() Werneck Aquino de Barros, criador da Corisco, ao lado de uma prensa de farinha, na sua fazenda em Paraty. (Foto Fernando Lemos Jr.) Peça a Corisco nos seus tipos Prata (Tradicional ou crua/fresca), e Ouro (armazenada/descansada) e as suas variações compostas (licores): - cachaça c/ banana e caramelada (cachaça c/ melado) – pelo e-mail annibaluiz@oi.com.br ou pelos tels. 24-3371-0894, 24-3371-0893, 24-99992-8618 e 24-99999-9882. |